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Preparar-se para 2025 exige estratégias financeiras sólidas, capazes de lidar com imprevistos e assegurar a saúde da gestão ao longo do próximo ano.
Uma ação eficiente para rever ações que foram tomadas ao longo do ano e fazer adequações necessárias.
Para não deixar brechas para imprevistos e zelar pela administração condominial, o planejamento orçamentário anual é uma atividade imprescindível para uma boa gestão do síndico e saúde financeira do condomínio.
De acordo com o consultor financeiro, Edisio Freire, utilizar essa ferramenta de organização financeira em qualquer tipo de segmento é muito importante e em condomínio se torna ainda mais pelo fato da receita ser predefinida com as taxas condominiais, não havendo variação, ao menos quando se faz cota extra.
“É muito importante que o síndico tenha essa visão e clareza dos principais gastos, façam um rateio da conta para ter uma ideia de qual é a taxa ordinária adequada para honrar com as despesas operacionais do condomínio. Despesas com profissionais, manutenção, energia, água e o espaço em si, não podem deixar de estabelecer um percentual de reserva de emergência. Uma reserva que vai servir para suprir uma possível necessidade de pequenos gastos para não ter que estar tirando da despesa orçamentária. Quando o síndico consegue ter essa clareza, fazer esse dimensionamento de forma muito adequada, facilita inclusive na hora de aprovar isso em assembleia porque é uma questão de lógica. Se você tem um volume de despesas para honrar é preciso ter receita dentro de um condomínio. Desenhar, estruturar e demonstrar de forma clara todo o orçamento do ano seguinte é peça fundamental tanto para que você tenha uma gestão financeira adequada e eficiente, mas também para que consiga ter argumentação adequada para demonstrar os condôminos as necessidades, os gastos e o porquê das taxas”, explica.
A síndica Adriana Domiciano destaca que, anteceder o planejamento orçamentário para o próximo ano, garante uma visão mais clara dos gastos para os gestores, pois identifica todas as despesas previstas para o ano como manutenção, segurança, limpeza, taxas e tributos. “Ajuda na tomada de decisões mais assertivas porque auxilia na definição de prioridades e na alocação de recursos de forma eficiente. No quesito transparência, permite que os condôminos acompanhem os gastos do condomínio e compreendam as decisões tomadas. Além de contribuir com a prevenção de conflitos, visto que minimiza a ocorrência de problemas entre os moradores, pois todos terão conhecimento das finanças do condomínio”, relata.
Ela destaca a importância de apresentar e explicar a previsão orçamentária para os condôminos. “Quando o síndico mostra transparência durante todo o processo e tem as informações claras e simples, o processo de aprovação fica muito mais fácil justamente porque o morador entende e valida o trabalho do síndico e sabe de antemão quanto vai custar morar bem, sem sustos e nem gastos inesperados ao longo do ano”, explica a gestora, Adriana.
Na hora de montar o orçamento é importantíssimo que o síndico esteja atento a todos os gastos do condomínio. Edisio esclarece que se o condomínio for mais novo provavelmente terá menos gastos com manutenção, mas se for um que tem mais tempo de uso o síndico deverá ficar atento à média que foi gasta com manutenção predial e se há alguma estrutura precisando de ajustes.
“É ficar atento a alguns percentuais de reajustes que, normalmente, acontecem todo ano e levar em consideração no seu projeto financeiro orçamentário. Aumento de salário e de energia, as contas de consumo etc., que, geralmente, sofrem reajustes a cada ano. Deve-se também olhar os contratos dos prestadores de serviços, verificar se há previsibilidade na cláusula de reajuste anual, qual é essa correção e trazer isso para a composição do seu orçamento para que não haja surpresas”, diz.
O financista também salienta que um ponto importante é deixar na previsão orçamentária os gastos que não são visíveis e os custos ocultos, que são as provisões trabalhistas, como décimo terceiro, férias e rescisões. “Deixar no orçamento esse custo oculto e esse valor reservado para um momento que for demitir um colaborador, por exemplo, na hora do pagamento do décimo terceiro e de férias também. Isso é fundamental para garantir a saúde financeira do seu condomínio. Senão pode cair naquele ciclo onde o gestor precisa demitir o colaborador e não o faz porque não tem dinheiro para indenizar, ou toda vez que for demitir alguém é necessário gerar uma taxa extra”, sugere.
– Histórico de gastos para uma análise dos últimos 12 meses para identificar tendências e gastos sazonais;
– Buscar orçamentos de diferentes fornecedores para comparar preços e serviços;
– Considerar a inflação e os reajustes contratuais para prever aumentos de custos;
– Identificar possíveis reformas ou manutenções e incluir seus custos no orçamento;
– Apresentar o planejamento de forma clara e concisa, incentivando a participação e o debate;
– Comparar preços e serviços de diferentes fornecedores;
– Negociar descontos por pagamento à vista ou em dia;
– Revisar os contratos para garantir a qualidade dos serviços e a proteção do condomínio;
– Manter um fundo para cobrir gastos inesperados;
– Utilize planilhas para organizar e acompanhar os gastos;
– Elabore relatórios mensais para acompanhar a execução do orçamento;
– Revise o orçamento a cada trimestre para fazer ajustes se necessário.
Para 2025, a perspectiva é que seja um ano melhor do ponto de vista econômico em relação a 2024, porém com condições desafiadoras. Edisio Freire acredita que terá cenários positivos e diminuição do desemprego.
“Isso significa que a indústria, o comércio e o ramo de serviço têm gerado mais empregabilidade. Demonstra uma estabilização do ponto de vista econômico. Considerando esses cenários é importante prever o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos, colocar um percentual de inflação de reajuste para que você possa manter um orçamento que seja exequível do ângulo financeiro e evite estrangular o caixa orçamentário”, informa o consultor financeiro.
Fonte: URBX cidades e serviços
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